Pois é. Já observei que existe isso. Alguns animais, sobretudo certas raças de cães, ficam na "moda" ou saem dela. Houve um tempo que os cães da raça dálmata estavam na moda. Via-se muitos dálmatas pelas ruas. Das raças grandes, teve também a moda do pastor alemão, doberman, do rottweiler, do husky Siberiano e até do pit bull. Depois, talvez por algum inconveniente, essas raças deixaram de ser tão populares. Acho que no momento, o animal da vez é o labrador.
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Eu tive um dálmata que se chamava Pingo, por motivos óbvios. Ele ficou grandalhão e muito levado. Eu morava num prédio de apartamentos e o Pingo fazia grandes festas para todos os moradores. Mas uma vez ele aprontou uma que não pude esquecer...
Minha vizinha, do andar de cima era uma cozinheira maravilhosa. Ela fazia tortas e bolos de aniversário e casamento sob encomenda. Era uma confeiteira de primeira. Mas no dia do aniversário de sua filha, ela caprichou. O bolo, lindíssimo, foi colocado sobre a mesa da sala no meio da tarde. Com a chegada dos convidados, a porta permaneceu aberta.
Pingo, o meu dálmata, soube do aniversário primeiro que eu. E assim que a porta do meu apartamento se abriu, ele não teve dúvidas. Rapidamente subiu as escadas e sorrateiramente entrou na sala da vizinha e comeu a metade do bolo de aniversário!
Minha nossa! O que eu podia fazer quando a vizinha chegou pra reclamar? Ainda com um pouco de creme grudado no nariz, Pingo correu pra se esconder, pois sabia que estávamos falando dele.
Talvez tenha sido travessuras como essa que tenham feito o dálmata sair de moda. Mas agora falando das raças pequenas, já teve o tempo do yorkshire, do poodle toy, do maltês e parece que agora o pequeno da vez é o pug. Mas antigamente, antes mesmo da moda do basset e da miniatura pinsher, houve a moda do pequinês.
Minha avó teve um pequinês que vivia em seu colo. Naquela época viajávamos muito em família e minha avó não podia se separar de seu cachorrinho querido. Mas como levar o cachorrinho para hotéis e restaurantes? Então ela teve a bela ideia de comprar um casaco de peles, exatamente da cor do cachorro e o bichinho ia em toda parte deitadinho sobre seus enormes seios.
O cachorro parecia saber do esquema, pois ficava imóvel e jamais mostrava a carinha nem latia ou abanava o rabinho. Minha avó entrava nos melhores hotéis e restaurantes com o pequinês no decote e ninguém jamais desconfiou da presença do bichinho.
Mas histórias a parte, acho que não tem nada a ver essa coisa de moda de bicho. Todos os animais são lindos e adoráveis, cada um do seu jeitinho.
